O CCO (Chefe de Operações Comerciais) da GWM no Brasil, Oswaldo Ramos, garantiu que a picape híbrida Poer será lançada no Brasil ainda no primeiro semestre de 2024. A confirmação veio de forma despretensiosa em resposta durante live para mostrar o estado do GWM Haval H6 após 50.000 km rodados em terras brasileiras.

Ao ser questionado quando uma concessionária da GWM em Campo Grande (MS) iniciaria suas atividades, o CCO da marca afirmou que a unidade “vai começar a atender no primeiro semestre de 2024, antes do lançamento da picape no país”. Como já diria o ditado popular: para bom entendedor...

A notícia vai ao encontro do que tinha antecipado a Mobiauto ainda em novembro de 2022. Efetivamente, o lançamento está previsto para ocorrer entre o fim do primeiro e o começo do segundo semestre de 2024. A produção da Poer em Iracemápolis (SP) está prevista para começar em maio.

Em meio a rumores de que a GWM pode inverter a ordem de produtos nacionalizados e priorizar a montagem da própria família H6, a frase de Oswaldo Ramos dá a entender que o cronograma original segue intacto e a picape Poer deve, mesmo, ser o primeiro produto nacional da fabricante.

Embora já exista em outros mercados, a GWM Poer chegará com visual substancialmente atualizado, com foco em atender o gosto do consumidor de picapes médias brasileiro. Seu nome seguirá o padrão de Haval H6 e Ora 03 e terá a letra P mais um número, como por exemplo Poer P5.

Motor Hi4-T híbrido plug-in flex

Ponto pacífico é que a GWM Poer será vendida com motorização híbrida plug-in (PHEV) flex, com recarga externa. Vale lembrar, porém, que seu motor não será o DHT oferecido na família Haval H6. Na verdade, será um 2.0 quatro-cilindros 16V turbo de ciclo Miller chamado Hi4-T, utilizado especificamente em modelos de chassi sobre longarina da GWM.

É o mesmo trem de força que estará presente no SUV de sete lugares Tank 500, teoricamente o segundo modelo nacional da GWM, com produção prevista para iniciar em Iracemápolis na segunda metade de 2024.

O motor Hi4-T é uma variante do sistema Hi4, que, por sua vez, é uma evolução e simplificação do próprio conjunto DHT que equipa a família Haval H6. Além do motor 1.5 turbo dar lugar a um 2.0, a transmissão deixa de ser com apenas duas marchas mecânicas e passa a ser automática com nove marchas e um motor elétrico acoplado a ela.

O motor 2.0 turbo tem turbocompressor de geometria variável e 350 atmosferas de pressão, injeção direta de combustível, comandos de válvula variáveis e escape em dois estágios, além de coletor de escape integrado e termostato eletrônico.

Sozinho, ele alcança 255 cv de potência e 38,7 kgfm de torque, além de excelentes 38,3% de eficiência térmica. Já os motores elétricos somam 163 cv, perfazendo uma potência combinada de 408 cv e um torque combinado de 76,5 kgfm. O banco de baterias tem 20 kWh de capacidade, permitindo uma autonomia de cerca de 100 km em modo elétrico (ciclo NEDC).

A transmissão prevê tração 4x4 mecânica com eixo cardan, bloqueio de diferencial e reduzida nas primeiras marchas. Mais importante, obtém uma eficiência térmica de 38,3%, índice elevado para um motor a combustão. No Brasil, esta usina vem sendo preparada pela Bosch para ser flex.