É fato que a Fiat Strada se tornou o principal produto da marca italiana no Brasil. Nesses mais de 20 anos de linha de produção, a fabricante sempre aproveitou bem a picapinha tornando-a pioneira em sua categoria diversas vezes.

Tanto nas propostas de ser uma compacta de cabine estendida, de cabine dupla, de cabine dupla com opção de três portas ou até mesmo em ser cabine dupla com quatro portas, caso da atual.

Mas nunca deve ter passado pela cabeça do time de engenharia da Fiat, sediada em Betim (MG), a produção de uma Strada de drift. Por aqui, tivemos até uma versão esportiva chamada Sporting, que tinha opção de um amarelo bem chamativo à lá Stilo Schumacher para a pintura, e que carregava no cofre do motor a usina 1.8 E.torQ de 130/132 cv de potência e 18,4/18.9 kgfm de torque.

Mas isso não chega nem perto desse projeto insano que será mostrado neste artigo. Vamos começar por quem teve a ideia, que foi o piloto tcheco, Krystian Morawietz, que decidiu produzir um carro de drift para lá de diferente, abandonando as opções convencionais usando os BMW, Subaru BRZ, Nissan 370Z e mais opções de tração traseira.

E como conseguiram levar uma Strada para a Europa? A história é bem parecida com a que contamos do Uno de oito rodas nas últimas semanas. Ela foi vendida em outros países além do Brasil, estando presente até mesmo no leste europeu, e com certeza uma dessas unidades europeias é que foi usada.

Ao que parece, a Strada manteve o motor posicionado na dianteira, mas ganhou tração traseira, e obviamente recebeu um eixo cardan para transmitir a tração do motor. Sim, alguns podem confundir e achar que aquela peça enorme na carroceria é o propulsor, mas na verdade aquilo ali é o sistema de arrefecimento dele.

E calma que não estamos falando dos conhecidos motores 1.3 ou 1.4 atuais. O projeto é empurrado por um forte V8 de 450 cv de potência e 61,2 kgfm de torque, vindo de um dos modelos da General Motors.

Os números podem parecer comedidos perto do que carros dessa categoria oferecem, mas vale ressaltar que estamos falando de uma picape compacta de 4.400 mm de comprimento e que pesa originalmente 1.040 kg – isso se ela não estiver abaixo de uma tonelada com as mudanças para aliviar peso.

Não bastasse a ignorância do motor, ela ainda recebeu alterações no eixo dianteiro para melhorar o ângulo de esterçamento; alongamento dos eixos dianteiro e traseiro para ajudar estabilidade; e novas suspensões com calibração específica para cair de lado nas curvas.

Infelizmente, por causa do projeto não ser brasileiro, as informações sobre a Stradinha drift ainda são poucas. No entanto, são suficientes para afirmar que essa é a versão mais bizarra e insana da picape.